Logo na abertura do evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou o cronograma e pontuou alguns dos temas a serem abordados. “Vamos discutir e promover uma nova visão de desenvolvimento sustentável e inclusivo na região, combinando a proteção ambiental com a geração de empregos dignos e a defesa dos direitos de quem vive na Amazônia. Precisaremos conciliar a proteção ambiental com a inclusão social, o fomento à ciência, tecnologia e inovação, o estímulo à economia local, o combate ao crime internacional e a valorização dos povos indígenas e de comunidades tradicionais e seus conhecimentos ancestrais”, afirmou.
Também discursaram na abertura da Cúpula da Amazônia as autoridades de outros países presentes e representantes da sociedade civil que participaram das plenárias realizadas no âmbito dos Diálogos Amazônicos, evento que antecedeu a Cúpula para o desenvolvimento de propostas da sociedade civil organizada.
Na ocasião, o presidente do Parlamento Amazônico (Parlamaz), o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que comentou sobre a função da entidade. “O trabalho do Parlamaz está relacionado à necessidade de que nossas casas legislativas, juntas, enfrentem esses problemas e apontem as soluções. Há que se ter um trabalho de transversalidade entre os países para que, unindo as forças, possamos enfrentar os complexos e difíceis problemas que existem no território amazônico”, enfatizou.
Lula diz que Amazônia tem que gerar riqueza — "e não ser santuário"
Na véspera da Cúpula da Amazônia, durante evento em Santarém, no Pará, o presidente do Brasil afirmou o desejo de preservar a Amazônia — "não como um santuário, mas como uma fonte de aprendizado da ciência do mundo inteiro, para que se encontre um jeito de preservar ganhando dinheiro para a população local".
O cientista político André César, sócio da Hold Assessoria Legislativa, comentou a declaração: “Temos até onde a gente pode ir na questão da Amazônia, e aí a Amazônia pode ser um grande celeiro global e o Brasil ganhar muito com isso. A Amazônia é nossa, não vai ser um santuário — só que nós vamos colaborar com o planeta tratando bem, e aí passa pela questão da população, que pode contribuir para um melhor tratamento do bioma e tudo mais. O país ganha, com geração de empregos, com qualidade, recuperando populações ribeirinhas, e tudo mais. E o planeta ganha, que nós estamos tratando melhor num momento de crise climática”.
O desenvolvimento sustentável da região amazônica foi um dos alicerces da campanha eleitoral do presidente Lula. Ao assumir, o seu governo criou a Secretaria Nacional de Bioeconomia, sob o comando do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima. O objetivo é desenvolver a economia local sem aumentar o desmatamento.
Fonte: Brasil 61
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