A Direção Geral do HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) realizou na tarde desta segunda-feira, 3, a apresentação dos dados do Projeto Lean sobre redução de superlotação dos setores da emergência. A ação foi voltada inteiramente para os profissionais que fazem parte da área técnica e administrativa da unidade.
“A importância do Lean é otimizar o tempo de atendimento nas portas de entrada dos hospitais que possuem atendimento de urgência e emergência. A maior dificuldade foi começar a desenvolver [o projeto] na unidade e com ele em funcionamento. Nisso, conseguimos visualizar um tempo de diminuição muito grande no atendimento aos pacientes que nos procuram”, destacou a secretária-adjunta da Sesau (Secretaria de Saúde), Adilma Rosas.
Criado pelo Ministério da Saúde, o projeto está sendo desenvolvido com apoio do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo (SP). A metodologia é oriunda do Japão, atuando diretamente no aperfeiçoamento das equipes que prestam o atendimento direto aos pacientes que recorrem à unidade.
“O Projeto nos mostra a melhor alternativa, a melhor saída, com ferramentas internas. Fizemos todo o projeto sem nenhum custo, somente com a organização do fluxo interno dentro do Hospital. Hoje conseguimos trabalhar toda dinâmica ensinada e evitamos a superlotação no Pronto Socorro”, pontuou a diretora do HGR, Patrícia Renovato.
A assessora da direção de enfermagem da unidade, Ana Renata Guirro, esteve à frente da implantação do Projeto Lean desde o início. Ela conta que os indicadores tiveram resultados satisfatórios ao longo de cinco meses de trabalho.
“Um dos nossos indicadores que mais conseguimos resultado foi o Nedocs, que é o indicador que calcula o nível de saturação ou superlotação do nosso serviço de urgência. Foi nele que tivemos uma redução de 74% em comparação com o dado inicial de quando foi feito o diagnóstico da nossa unidade”, disse.
Os dados também apontaram uma redução de 95% no tempo de permanência do paciente dentro da unidade, desde a sua entrada até a sua saída.
“O tempo de permanência no Pronto Socorro diminuiu de forma significativa e também da organização de todos os setores dentro Hospital, trazendo como principal resultado uma visão diferente dos pacientes sobre os nossos serviços”, enfatizou o médico fluxista do Pronto Socorro, Pedro Lins.
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