O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Boa Vista (Sitram) criou um abaixo-assinado solicitando as 30 horas para os cuidadores de alunos da rede municipal de ensino da Capital. A redução da jornada de trabalho é o motivo da greve da categoria que completa 14 dias nesta segunda-feira (21). O documento virtual deve ser entregue à Prefeitura.
"Nós estamos na luta pelas 30 horas. O Executivo não flexibiliza um acordo para a única categoria que trabalha 40 horas na Prefeitura de Boa Vista. Somos responsáveis pela Primeira Infância da Capital, algo que o prefeito anuncia com muito orgulho, mas não valoriza os trabalhadores responsáveis por esse título", disse Shinxa Fidelis, cuidadora
Mais de duas mil assinaturas foram colhidas no documento criado em uma plataforma digital. O abaixo-assinado deve ser entregue à Prefeitura ainda nesta segunda-feira (21).
"A luta dos cuidadores é semelhante à dos servidores da SEMGES [Secretaria Municipal de Gestão Social] que conseguiram as 30 horas em dezembro, após paralisações em conjunto com os cuidadores. A redução de carga horária de trabalho foi concedida por meio de um decreto", informou Lauro Prestes, servidor da SEMGES, que assinou o documento e está apoiando a greve dos cuidadores.
A greve segue ainda sem um prazo para ser encerrada. O abaixo-assinado ainda está disponível para apoiadores do movimento. Assine: https://www. abaixoassinado.org/ abaixoassinados/56752
EMENDAS NA CÂMARA - Há uma previsão de emendas de vereadores no Projeto de Lei 011/2022 que altera a carga horária dos cuidadores de alunos, previsto para ser votado semana passada. Mas o prefeito retirou o documento da Câmara na quinta-feira (17). Na imprensa ele deixou claro que se for votado com a emenda irá entrar na justiça.
"O prefeito demonstra que não está aberto ao diálogo e tem uma atitude autoritária. Estamos lutando por isonomia", criticou Sueli Cardozo, presidente do Sitram.
CONVOCAÇÃO - Na sexta-feira (18), o Executivo convocou quase 40 cuidadores do concurso vigente de 2018. A convocação foi feita no Diário Oficial do Município.
"Isso comprova que a Prefeitura tinha cargos vagos, mas não havia um planejamento. Acreditamos que é possível contratar mais cuidadores e reduzir a carga horária desses profissionais importantes para a Primeira Infância", concluiu Sueli.
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