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Atento à importância da constante qualificação para combater a criminalidade e aos perigos dos crimes cometidos no ambiente digital, o MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) promoveu o primeiro Seminário sobre a Capacitação das Unidades de Repressão aos Crimes Cibernéticos - 1º CiberCap.


O evento aconteceu de 26 a 29 de outubro, em Brasília, e teve como palestrantes, representantes da Polícia Federal, das Polícias Civis, policiais do México e do Chile, Microsoft e Facebook, Departamento de Justiça e da Embaixada dos Estados Unidos.


Representando o Estado de Roraima, a delegada do DEERC (Distrito Estadual de Repressão à Crimes Cibernéticos), Darlinda Moura, destacou a importância do encontro, uma vez que os crimes em ambientes virtuais se atualizam todos os dias e precisam de união e práticas efetivas para seu enfrentamento.  Segundo a delegada, houve um incremento recorde do número de ataques e crimes cibernéticos ocorridos entre 2019, 2020 e 2021.


"Em 2019 o Brasil ocupava o 3º lugar no ranking de registro de fraudes eletrônicas mundiais, de acordo com a Serasa Experian.  Já em 2020 a gente estava entre os cincos países mais afetados com as fraudes e em 2021, nossos ataques cresceram 333% em dois meses, principalmente em ataques de força bruta", destacou.

 
De acordo com a delegada, os brasileiros são considerados campeões nos mais variados rankings de golpes em nível global. "Os criminosos brasileiros usam pontes, geram scripts, criam sistemas maliciosos, além de ter outros tipos de golpes envolvidos. Então nós somos muito mais ousados no cometimento de crimes cibernéticos, enfatizou a delegada.


Ainda de acordo com a delegada, essa é primeira vez que o MJSP conseguiu juntar as 27 unidades da Federação, mais a Polícia Federal para discutir e debater a capacitação dos integrantes das unidades de repressão à crimes cibernéticos no País. 


"É uma preocupação do MJSP o constante e contínuo aprendizado dessas unidades, em razão de que crimes cibernéticos são atualizados diariamente pelos criminosos e, então, o que a gente aprende hoje, amanhã já está completamente desatualizado", observou.

 
Entre os temas abordados, estão novas temáticas de ensino e pesquisas aplicadas nas investigações e o fomento da integração das instituições de segurança pública para a criação de uma rede nacional de investigadores em crimes cibernéticos.


De acordo com Darlinda, as discussões durante o seminário focaram na criação de diretrizes nacionais de boas práticas em cibersegurança.


Montamos uma peça nacional para tratar da nivelação de capacitação dos agentes de segurança pública em todos os Estados, em conjunto com a Polícia Federal e várias instituições públicas e privadas, informou a delegada.

 
Foram discutidos ainda novas temáticas de ensino e pesquisas aplicadas nas investigações e o fomento da integração das instituições de segurança pública, para a criação de uma rede nacional de investigadores em crimes cibernéticos.


IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO

 
O seminário acontece pouco mais de um mês após 30 profissionais de segurança pública concluírem o curso Children Protection System (em tradução livre, Sistema de Proteção Infantil), com o propósito de combater crimes digitais cometidos contra crianças. Os conhecimentos adquiridos auxiliaram os agentes a prender, pelo menos, 20 criminosos no país.


A ação reforça o compromisso do MJSP, por meio da Secretaria de Gestão e Ensino em Segurança Pública (Segen), com o calendário de capacitação aos profissionais, com a oferta de cinco cursos sobre o tema  um que, somente este ano, contou com cinco edições e tem mais uma turma prevista e quatro disponíveis online a qualquer tempo.

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