Depois de seis anos de ausência no maior encontro nacional da área, os artesãos roraimenses cumpriram com maestria o papel de embaixadores das artes plásticas e do artesanato do Estado, durante o '14º Salão de Artesanato Raízes Brasileiras', que encerrou no domingo, dia 31 de outubro, em Brasília.
Foram cinco dias de atividades intensas no Shopping Pátio Brasil, iniciadas dia 27 de outubro. Organizado pelo Ministério da Economia no âmbito do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), teve a participação de 20 artistas e exposição de mais de 800 peças.
O Governo do Estado levou à Brasília uma comitiva de artistas e auxiliares técnicos, que encheu o stand com artesanato representativo de nove etnias indígenas e de artistas não indígenas da Capital e do Interior. “O artesanato indígena teve um apelo decisivo para o número expressivo de curiosos, visitantes e compradores ao longo dos cinco dias da feira”, relatou Isadora Braga, diretora do Departamento de Políticas de Emprego, Trabalho e Renda da Setrabes.
RESULTADOS
O resultado positivo da empreitada pôde ter sido constatado ao longo dos dias, não só pelo número de pessoas que circulou pelas redondezas do stand, mas pela quantidade de fotógrafos amadores, munidos de seus smartphones, que não se cansava de ensaiar enquadramentos de diversas formas das obras expostas.
Com os 26 Estados, mais o Distrito Federal, era perceptível o maior interesse, por parte dos visitante, pelas áreas representativas do Norte do Brasil, não por acaso, onde o artesanato de apelo étnico indígena foi mais presente.
Segundo Isadora Braga, o Governo do Estado de Roraima trabalha no intuito de oferecer ao artesão, sobretudo indígena, a possibilidade de viver da venda de sua produção, intermediando a visibilização do produto, quer seja pela comercialização em loja própria, instalada no interior de sua sede, quer seja pela participação em feiras e encontros nacionais e regionais. “Essa medida garante a autonomia financeira ao artesão como também valoriza os aspectos culturais atrelados à cada etnia que estão refletidos no produto que será vendido com valor agregado pela produção étnica indígena de grande demanda por compradores não só de outros Estados como estrangeiros”, disse.
"Temos uma grande parceria com a Secretaria do Índio, que é a Secretaria que realmente entra nas comunidades indígenas, que conhece o funcionamento do artesanato indígena. Há um trabalho muito próximo entre a Secretaria do Índio e as etnias indígenas do Estado e ela também trabalham com a intermediação na venda da produção de artesanato dos indígenas. A Secretaria de Cultura é outra parceira importante”, enfatizou Isadora.
A secretária titular de representação
do Estado de Roraima em Brasília, Gerlane Baccarin, esteve na abertura do
encontro e ponderou que um dos papéis da representação instituída de Roraima na
Capital Federal é apresentar ao Brasil e ao Mundo as possibilidades comerciais
e culturais de sua terra [Roraima] que, segundo ela, estão intimamente ligadas
às especificidades culturais e étnicas dos roraimenses e esse é um ativo
comercial que deve ser estimulado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário