Tudo sobre o estado de Roraima e o Brasil

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O presidente Jair Bolsonaro inaugurou a termelétrica de Jaguatirica II, em Roraima, na manhã desta quarta-feira, 29. Agora a unidade, que fica na zona rural da Capital, entra na fase final de testes para iniciar a operação em dezembro deste ano. A ação fez parte da agenda de 1000 dias de gestão do Governo Federal e contemplou também o repasse de 12 glebas da União para Roraima, regularizando, com isso, 1.913.052,9125 hectares.

O acionamento da primeira turbina da usina Jaguatirica II foi feito de forma simbólica pelo presidente Jair Bolsonaro, que anunciou o alongamento da agenda dele em Roraima, permanecendo no Estado até o final da tarde.

Bolsonaro lembrou que desde 2019 tem se reunido com a bancada de Roraima em busca de solução sobre a matriz energética do Estado, que é o único do Brasil que não está interligado ao sistema nacional de energia. "O último obstáculo para o início das obras foi vencido e hoje [dia 29 de setembro] estamos lançando a pedra fundamental para o início das obras do Linhão de Tucuruí", anunciou o presidente, que já esteve inúmeras vezes em Roraima.

O governador Antonio Denarium destacou a importância de todos os atos do Governo Federal em Roraima. "Presidente Bolsonaro sempre com carinho muito grande por Roraima", disse, ao ressaltar que agora o Estado terá energia elétrica segura até a chegada do Linhão de Tucuruí.

A usina termelétrica faz parte do projeto integrado Azulão-Jaguatirica II, que permitirá que o gás natural extraído pela primeira vez da Bacia do Amazonas, seja transportado na forma líquida para Roraima e vire energia elétrica para abastecer cerca de 70% do consumo do Estado, com geração de 130 megawatts.

"Roraima é prioridade. Não podemos deixar o único Estado fora do sistema energético e com muito trabalho, realizamos o leilão de energias renováveis e hoje estamos aqui para iniciar as atividades da usina Jaguatirica II. Uma obra importante para a população do Estado", disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ao ressaltar que o trabalho continua a fim de garantir energia elétrica segura e confiável.

O campo Azulão foi descoberto na década de 90 e declarado comercial em 2004, mas nunca havia entrado em produção. Com o leilão de energias renováveis, promovido pelo Governo Federal, a empresa Eneva arrematou e iniciou os trabalhos.

O investimento total é de R$ 1,8 bilhão e durante as obras de construção do complexo da usina, foram gerados dois mil empregos. Em operação, a Jaguatirica vai reduzir em até 35% as emissões de Dióxido de Carbono e 99% de Óxido de Nitrogênio, com a substituição da matriz energética do Estado que hoje é baseada em diesel.

GLEBAS

Roraima é composto por 33 glebas, das quais, 25 são passíveis de transferência da União para o Estado.

O Estado já possui 12 glebas: Ereu, Tepequém, Amajari, Cauamé, Murupu, Tacutu, Normandia, Caracaraí, Baraúna, Quitauaú, BR210-II e Equador, correspondentes aos municípios de Amajari, Boa Vista, Alto Alegre, Cantá, Bonfim, Normandia, Mucajaí, Iracema, Caracaraí e Rorainópolis.

Ainda na intervenção federal, em dezembro de 2018, o Governo Federal repassou 415 mil hectares, correspondentes às glebas Equador e Ereu.

Agora, o Governo Federal transferiu mais 12 glebas, somando mais de 4 milhões de hectares. Com isso, Roraima passa a ter 24 glebas de posse do Estado.

Bolsonaro repassou as glebas Branquinho, Pedro Clementino, Santa Maria do Boiaçu, Macucuaú, Vista Alegre, Pretinho, BR210-I, Novo Paraíso, Campina, Jauaperi, Cachimbo e Baliza.

"Ao longo do ano, que estamos trabalhando na transferência das glebas públicas federais, recebi a bancada de Roraima apontando a necessidade dessa regularização fundiária. Um compromisso da gestão do presidente Bolsonaro, para garantir a segurança fundiária ao Estado de Roraima", disse o presidente do Incra, Geraldo Melo Filho.

A agilidade no processo de transferência de terras da União para Roraima só pôde ser possível a partir da substituição da Lei Federal 10.304/01 pela Lei Federal 14.004/20. Com essa alteração, o Iteraima (Instituto de Terras e Colonização de Roraima) não precisa mais do assentimento prévio para regularizar as terras localizadas em faixa de fronteira.

O produtor da agricultura familiar Raimundo da Conceição recebeu, simbolicamente representando todos os agricultores, o Título Definitivo de sua propriedade que tem 27 hectares no Projeto de Assentamento Nova Amazônia.

"É um orgulho para nós produtores da agricultura familiar receber a titulação das nossas terras. Isso nos garante trabalhar a terra, produzir e deixar de depender de ações sociais do governo. O nosso objetivo é trabalhar", enfatizou.

Presidente assina contrato de concessão de aeroportos da região Norte

Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro assinou o contrato com a empresa francesa Vinci Airports SAS, que participou do 6º leilão de aeroportos promovido pelo Governo Federal.

A empresa arrematou o bloco Norte, com sete aeroportos da região, incluindo o de Roraima, o Aeroporto Internacional Atlas Catanhede, com lance de R$ 420 milhões.

Serão 36 meses de contrato e nesse período, a empresa francesa deve promover investimentos e melhorias nesses aeroportos.

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