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Em meio a uma das maiores pandemias da história, os conselhos de Farmácia realizam, um novo alerta sobre a importância do uso racional de medicamentos para a proteção à saúde. A campanha pretende conscientizar a população sobre a cautela na compra e ingestão de medicamentos, o recado simples e direto é “não entre em pânico e antes de usar qualquer medicamento, consulte o farmacêutico”.

O motivo do alerta é o resultado de um estudo realizado a pedido dos conselhos, pela consultoria IQVIA, que constatou um aumento significativo nas vendas de alguns medicamentos relacionados à Covid-19 nos primeiros meses desse ano, quando aumentaram os casos da doença, em relação ao mesmo período do ano passado, considerando que vários estados, dentre os quais no Norte o Amazonas, Roraima e Rondônia, enfrentam uma crise severa da doença com inúmeras mortes diárias ocasionadas pelo coronavírus.

Os conselhos de Farmácia alertam que todos os medicamentos oferecem riscos. Mesmo os isentos de prescrição podem causar danos, especialmente se forem usados sem indicação ou orientação profissional. Dependendo da dose, o paracetamol pode causar hepatite tóxica. A dipirona oferece risco de choque anafilático e agranulocitose, e o ibuprofeno é relacionado a tonturas e visão turva. Já o uso prolongado da vitamina C pode causar diarreias, cólicas, dor abdominal e dor de cabeça. E com a ingestão excessiva de vitamina D, o cálcio pode depositar-se nos rins e até causar lesões permanentes.

Os riscos são mais graves em relação à hidroxicloroquina, medicamento indicado para tratar doenças como o lúpus eritematoso. Da mesma forma que a cloroquina (indicada para a malária, porém disponibilizada apenas na rede pública), a hidroxicloroquina pode causar problemas na visão, convulsões, insônia, diarreias, vômitos, alergias graves, arritmias e até parada cardíaca. O uso de hidroxicloroquina ou cloroquina em pacientes internados com teste positivo para o novo coronavírus ainda não tem evidências representativas. Portanto, se justifica apenas com supervisão e prescrição médica, atualmente, com retenção de receita.

 

 

 

 


 

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