O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora,
voltado para crianças e adolescentes afastados da família por medida de
proteção, poderá ser implantado em Roraima nos próximos meses. Neste serviço,
famílias previamente cadastradas recebem essas crianças e adolescentes em suas
casas e cuidam delas enquanto não há o retorno para suas famílias de origem.
A discussão para a implantação desta modalidade de acolhimento ocorreu na manhã desta sexta-feira, 30, na Casa da Mulher Brasileira, e contou com a participação do diretor do Departamento de Proteção Social Especial do Ministério da Cidadania, Danyel Iório de Lima, do juiz da Vara da Infância e Juventude, Parima Veras, da secretária Tânia Soares, do diretor do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE) Roberto Melo, além de servidores e técnicos da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social).
Na avaliação do diretor Danyel Iório de Lima, apesar de ser internacionalmente reconhecido como a forma de acolhimento mais adequada, em contraponto aos modelos institucionais, uma vez que evita sequelas afetivas e comportamentais relacionadas a esses processos, os serviços de acolhimento familiar ainda representam parte pequena da rede de acolhimento no Brasil.
“Estamos trabalhando e incentivando esta modalidade de acolhimento familiar nas visitas que tenho realizado, promovendo o compartilhamento deste princípio de gestão em modalidade familiar. Ressalta-se que o número de serviços em família acolhedora vem crescendo devido aos excelentes resultados obtidos. Fico feliz em participar desta discussão inicial em Roraima”, informou.
A titular da Setrabes, Tânia Soares, detalhou durante o encontro os dados de acolhimentos realizados pelo DPSE e informou que, nesse contexto desafiador, o serviço Família Acolhedora surge como uma importante garantia do direito à convivência familiar e comunitária na primeira e na segunda infância.
“Essa possibilidade será sem dúvida um ganho
significativo nas medidas a serem implantadas no fortalecimento dos vínculos
afetivos nas ações desenvolvidas pela Setrabes, por meio da proteção especial.
Somaremos parcerias para o pleno sucesso desta missão a ser executada nos
próximos meses”, garantiu.
O que é o Família Acolhedora – famílias voluntárias da comunidade são selecionadas, capacitadas, cadastradas e acompanhadas pela equipe técnica para oferecer e garantir cuidados individualizados, em ambiente familiar e afetuoso, para crianças e adolescentes que estão afastados do convívio familiar, por meio de medida protetiva, conforme o Artigo 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente. A prioridade é viabilizar o retorno da criança e do adolescente ao convívio com a família de origem ou, na impossibilidade, realizar o encaminhamento para a adoção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário