A pouco mais de um mês para as eleições municipais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contabilizou 545 mil pedidos de registro de candidatura em todo o Brasil. Em meio ao debate sobre a participação de negros e mulheres em cargos políticos, o número de postulantes femininas atingiu um recorde em 2020, com 180.799 representantes. Além disso, pela primeira vez na história, o número de candidatos autodeclarados negros (preto ou pardo) superou o total de brancos.
O crescimento tem relação com a política de cotas de gêneros e distribuição de verba de campanha e propaganda eleitoral aprovadas pelos tribunais superiores em 2018, para mulheres, e para negros, neste ano. Decisões que impactam diretamente o cenário da disputa eleitoral em novembro.
Recordes históricos
Se em 2016, quando foram registradas 496.927 candidaturas, 31,9% delas eram femininas (158.450 mulheres), em 2020 o percentual chegou a 33,1% de mulheres (180.799 candidatas). Acréscimo de mais de 20 mil mulheres em disputa por um cargo no poder legislativo e executivo municipal. De acordo com as regras atuais, pelo menos 30% das vagas de candidatos e de verba pública dos partidos precisam ser reservadas para elas.
Além disso, outra mudança nas eleições de 2020 é o aumento do número de registros de candidatos autodeclarados negros em relação aos postulantes brancos.
Em 2016, o TSE registrou 194.402 pardos (39,12%) e 42.916 pretos (8,64%) o que representou 47,76% dos inscritos. Mesmo somados, pretos e pardos não atingiram o contingente de 255.689 (51,45%) candidatos brancos.
Até agora, as eleições de 2020 apresentam 215.030 (39,42%) autodeclarados pardos e 57.013 (10,45%) pretos. Somados, representam 49,87% do total. Como o registro de candidatos autodeclarados brancos é de 260.574 (47,77%), é a primeira vez que a eleição tem mais negros que brancos.
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