O IBGE divulgou nesta quinta-feira, dia 17 de
setembro, a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: Análise da Segurança
Alimentar para Roraima.
Em 2017-2018, dos 138 mil domicílios de Roraima, 39.6% (o equivalente a 54 mil) estavam com algum grau de Insegurança Alimentar (IA): IA leve (23.6%, ou 32 mil), IA moderada (6,7%, ou 9 mil) ou IA grave (9,2%, ou 13 mil). Em relação à última pesquisa realizada em 2013, Roraima registrou um aumento de 6.9 p.p dos domicílios com insegurança alimentar. Na época, Roraima possuía 32.7% domicílios com algum grau de Insegurança Alimentar: IA leve (21,3%), IA moderada (6,0%) ou IA grave (5,4%).
No Brasil, a média de domicílios com insegurança foi de 36,7%, o que equivale a 68,9 milhões de domicílios, divididos em: IA leve (24%, ou 16,4 milhões), IA moderada (8,1%, ou 5,6 milhões) ou IA grave (4,6%, ou 3,1 milhões).
A região Norte apresentou o maior percentual de domicílios com insegurança alimentar (57%). No entanto, Roraima teve o segundo menor percentual da região (39,6%), apenas atrás de Rondônia (36,3%). Os percentuais mais altos de IA foram registrados nos estados de Amazonas (65,5%) e Pará (61,2%).
Nas regiões Norte (43%) e Nordeste (49,7%), menos da metade dos domicílios informaram ter uma condição de acesso pleno e regular aos alimentos. Os resultados das demais regiões foram melhores: Centro-Oeste (64,8%), Sudeste (68,8%) e Sul (79,3%).
Norte (10,2%), Nordeste (7,1%) e Centro-Oeste (4,7%) tinham os maiores percentuais de domicílios onde a fome esteve presente em pelos menos alguns momentos do período de referência de três meses. A prevalência de IA grave do Norte era cerca de cinco vezes maior que a do Sul (2,2%).
As desigualdades regionais de acesso aos alimentos, verificadas nas PNADs de 2004, 2009 e 2013, continuaram presentes na POF 2017-2018. Vale ressaltar que, em 2004, a segurança alimentar abrangia 53,4% dos domicílios da região Norte, chegando a 63,9% em 2013 e caindo para 43% em 2017-2018.
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