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 O isolamento social recomendado para conter o avanço da pandemia do Coronavírus (COVID-19) tem colocado muitas mulheres e crianças em contato prolongado com seus agressores. Para minimizar os impactos dessa violência, o Governo de Roraima, por meio da Coordenação Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres, com o apoio da Rede de Proteção à Mulher, lançou nesta quarta-feira 10, na Casa da Mulher Brasileira, a campanha Quarentena Sem Violência.

A ideia é estimular a denúncia, por meio de canais como o Disque 100, o Ligue 180 e o número disponibilizado pela Defensoria Especializada na Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, onde a pessoa pode denunciar e optar pelo anonimato, por meio do telefone 98104-2104. Os canais funcionam como auxílio imediato à violação dos direitos humanos. Ambos atendem graves situações de violência que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando inclusive o flagrante.

Segundo a coordenadora Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres, Graça Policarpo, a campanha foi idealizada com a finalidade de orientar e encorajar as mulheres durante este período de isolamento social a denunciarem toda e qualquer forma de violação de seu direito e, principalmente, chamar a atenção da população para que, ao tomar conhecimento dessa violência doméstica, também denuncie.

 “Estamos disponibilizando todos os canais de denúncias para que a sociedade, parentes e vizinhos possam denunciar e minimizar os impactos dessa agressão que traz uma série de traumas à família. Neste período, precisamos reforçar este serviço e, na oportunidade, estaremos executando várias panfletagens em bairros de maior circulação de pessoas, com a divulgação destes números que podem ser acionados a qualquer momento”, reforçou.

 A titular da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social), Tânia Soares, destacou que a campanha de reforço à garantia dos direitos da mulher e da família traz ainda o resgate do dever cívico que a sociedade deve exercer ao não aceitar que ocorram agressões no convívio familiar sem que sejam denunciadas.

 “Estamos passando por um momento delicado, que aflige centena de lares por conta deste período de pandemia, impondo o isolamento social. Por essa razão, não podemos nos calar diante da violência sofrida pela família no convívio com seu agressor. Portanto, nos resta denunciar e engajar no combate a qualquer violação dos direitos assegurados à família”, enfatizou.

 AÇÃO DE PANFLETAGEM ABRANGE CIDADE SATÉLITE E VILA JARDIM Após o lançamento da campanha, as equipes iniciaram a distribuição de kits contendo material informativo sobre os números disponíveis para denúncia e ainda máscara, álcool em gel e preservativos masculino e feminino. No total cinco bairros na capital receberão as equipes da CMB, e a intenção é ampliar o número de bairros na capital com a adesão de novas parcerias, sendo possível abranger os demais municípios.

 ÍNDICES DA VIOLÊNCIADados de 2017 e 2018, apresentados em 2019, apontam Roraima como o Estado com a maior taxa de homicídio de mulheres no Brasil. Segundo o Monitor da Violência, o Estado teve 345 mortes em 2018, contra 224 em 2017, apresentando um aumento de 54%, ou seja, está na contramão do País, que reduziu em 13% o número de mortes violentas em um ano.

 Em números reais, das 345 mortes em 2018, a grande maioria (324) foi por homicídios dolosos, 13 latrocínios e oito lesões corporais seguidas de morte. Com esse índice, o Estado passou a ter também a maior taxa de mortes a cada 100 mil habitantes no País: 59,8%. Os números demonstram um alto índice de homicídio contra mulheres no Estado, estando acima da média nacional, que é de 4 por 100 mil mulheres, enquanto Roraima é de 10 a cada 100 mil mulheres.

 

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