No dia 8 de agosto é comemorado o Dia
Mundial do Pedestre. Apesar do crescimento da frota de veículos em todo o país,
andar a pé ainda é um hábito comum no dia a dia de milhões de brasileiros. Por
isso, a atenção deve sempre ser redobrada. Acidentes de trânsito são facilmente
associados à imprudência ao volante, mas engana-se quem pensa que apenas os
motoristas devem ter cuidados. De acordo com dados da Seguradora Líder –
responsável pela gestão do Seguro DPVAT, a segunda categoria mais indenizada é
a de pedestre.
Somente neste ano, de janeiro a junho,
aproximadamente 170 mil indenizações do Seguro DPVAT foram pagas para vítimas
de acidentes de trânsito. Destas, 42.650 foram para pedestres, nos três tipos
de cobertura: morte, invalidez permanente e despesas médicas e hospitalares. As
vítimas também ocupam o segundo lugar nas indenizações pagas por acidentes
fatais, um total de 5.506. Além disso, mais de 32 mil pedestres foram
indenizados por invalidez permanente.
Em relação ao perfil dos indenizados, os
números mostram que a maior incidência de indenizações pagas foi para vítimas
da faixa etária considerada economicamente ativa, de 18 a 34 anos, que
representam 34% dos pedestres indenizados pelo Seguro DPVAT (mais de 14 mil).
Em 2017, foram pagas mais de 380 mil
indenizações em todo o país. Do total, 98.750
sinistros foram pagos para pedestres. O
número corresponde a 27% do total de indenizações pagas, neste mesmo período,
para todos os tipos de vítimas.
Entre os principais motivos da falta de
atenção do pedestre ao caminhar nas ruas está o uso do celular. Digitar, ler,
falar e usar o fone de ouvidos aumentam as chances de acidentes em até 80%,
segundo o Departamento Estadual de Trânsito do Paraná (Detran-PR). Já
neurologistas alertam que o uso do fone de ouvido e do celular aumenta de 3 a 9
vezes a possibilidade de acidente.
O uso do celular já é considerado um
problema tão grande que alguns países adotaram medidas para reduzir o número de
acidentes. Em Augsburg, na Alemanha, a prefeitura instalou um semáforo
específico, fixado no chão, para que o pedestre com os olhos voltados para o
celular perceba os sinais da rua. Já no Japão foram criadas calçadas
específicas para pedestres que não abandonam o aparelho. No ano passado, a
cidade de Honolulu, no Havaí, aprovou uma lei municipal proibindo os pedestres
de usarem aparelhos eletrônicos durante a travessia de ruas e avenidas.
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