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As péssimas condições da escola estadual Albino Tavares, localizada no Projeto de Assentamento Nova Amazônia, foram relatadas aos parlamentares estaduais durante a realização da audiência pública na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE/RR) na manhã desta quarta-feira, 22.
A solicitação para a realização da audiência pública foi do deputado Naldo da Loteria (PSB), atendendo à solicitação dos alunos e de seus familiares em razão de estarem há vários meses sem ter aula por conta da suspensão do serviço de transporte escolar por parte das empresas alegando falta de pagamento por parte do governo do Estado.
“Vários foram os relatos detalhando como se encontra a atual estrutura do governo para o setor educacional. Além da falta de transporte escolar, os alunos detalharam as péssimas condições da estrutura na escola como a falta de condições mínimas para estudarem. Não tem energia, falta merenda escolar, material didático e para conseguirem estudar os alunos se abrigam debaixo de árvores por não suportarem o calor. Na realidade eles fizeram um pedido de “socorro” diante do caos e da inercia da governadora Suely Campos (PP) em resolver estas pendencias”, detalhou.
A Aluna Ana Flávia, ao usar a tribuna detalhou aos parlamentares que na maioria das vezes os alunos são obrigados a se deslocarem para a escola em uma L 200 com mais de 15 alunos. “Quando ainda tínhamos a rota à nossa disposição corríamos este risco nos deslocando nestas condições em tempo de ocorrer um grave acidente. Além disso não tínhamos a nossa disposição merenda escolar, e quando era oferecida tínhamos que nos contentar com suco e bolacha. As estradas são péssimas, os veículos não oferecem segurança e estamos suplicando ajuda e “socorro” aos parlamentares para que possam nos ajudar a voltar a estudar”, disse.

AUSÊNCIA – Para a realização da audiência foram enviados convites para a participação de representantes ou dos próprios titulares das secretarias estaduais de educação e de fazenda, mas nenhum não ocorreu a manifestação de nenhum dos gestores e nenhum dos mesmos justificaram sua ausência.
Segundo o agricultor e pai de um dos alunos da escola Albino Tavares Joanez Ricarte, é lamentável a importância dada pelo executivo estadual em justificar os motivos da ausência do transporte escolar, o que tem prejudicado os alunos e possivelmente até nem consigam fechar o ano letivo de 2018 por conta de vários meses ausentes da sala de aula.
“Não tem como não se indignar com este descaso dos gestores públicos com a educação. É lamentável e repudiamos esse tratamento e a ausência de justificativa para este caos, onde sequer o governo busca dialogar para juntos encontrarmos uma solução para remediar este grave problema”, lamentou.

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