A segunda fase da Campanha Agulha
Oficinal/2017 do MAPA, FUNAI e ADERR continua imunizando o gado contra a febre
aftosa nos 1,7 milhão de hectares da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol que
engloba os municípios de Pacaraima, Uiramutã e Normandia, todos localizados ao
Norte e Nordeste do estado de Roraima. A reserva indígena também tem a
fronteira seca com a Guyana e com a Venezuela que hoje é considerada uma área
de alto risco e onde foram registrados casos de aftosa esse ano.
São seis equipes composta por 18
técnicos do MAPA, FUNAI e ADERR fazem o trabalho e esperam concluir os
trabalhos de imunização até o dia 15 de novembro com a previsão de vacinação de
44.500 cabeças de gado nos três municípios onde está localizada a reserva em
Roraima.
Francisco Sales o coordenador do programa
explica que as grandes dificuldades são acesso as comunidades onde muitas vezes
exigem dos técnicos caminhas de até 3 horas carregando nas costas isopores com
as vacinas; a travessia de rios no lombo de cavalo e principalmente a falta de
estrutura em alguns locais, onde o gado é vacinado no chão sem as condições
técnicas ideais.
Francisco Sales destaca que ao logo do
programa algumas comunidades se conscientizaram da importância e construíram os
currais, as mangas para que todo esse processo seja feito com mais rapidez a
atendendo as normas exigidas para garantir um rebanho saudável.
Na comunidade indígena Niterói,
localizada no município de Pacaraima onde vivem 66 famílias e com um rebanho de
180 cabeças, o dia da vacinação foi motivo de muita comemoração. O tuxaua
Rodolfo Fernandes do Nascimento, que também e vice-prefeito do município de
Pacaraima disse da importância de reunir toda a comunidade para celebrar o dia
da vacinação. Ele explica que toda a comunidade participa e os alunos da escola
Indígena da Comunidade participam ativamente do processo com intuito de
conscientizar as crianças da importância de aprender como se maneja um rebanho
e no futuro possam prosseguir com a atividade. O tuxaua Rodolfo fez questão de
relatar sobre outras atividades ligadas a agricultura , “ nossa comunidade não
vive só da pecuária. Esse ano nos colhemos 23 toneladas de melancia que foi
toda comercializada, plantamos ainda abobora, feijão e macaxeira para fazer
farinha. Com isso nós garantimos alguns recursos para distribuir em benefícios
a nossa comunidade”, finalizou.
O diretor da escola Indígena Manoel Luís
Alves de Lima e Silva, Oswaldo Merquior falou que esse dia para os alunos
funciona como dia de campo o que eles aprendem aqui, relatam tudo em trabalhos
escolares dentro sala de aluna onde cada um tem a oportunidade de se expressar
com que aprendeu no dia.
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