Três comissões da Câmara dos Deputados e
uma do Congresso Nacional promoveram nesta quarta-feira, 5, o Seminário
Internacional Tecnologia e Saúde Pública: Soluções Viáveis para os Desafios
Brasileiros. O objetivo do evento, que reuniu palestrantes brasileiros e
internacionais, foi debater o papel da tecnologia no enfrentamento dos desafios
da saúde pública no Brasil, além de abordar as tecnologias de gestão, pesquisa
e diagnóstico, e de tratamento dos pacientes. O evento contou com a
participação do ministro da Saúde, Ricardo Barros.
As comissões da Câmara que organizaram o
seminário foram as de Seguridade Social e Família; de Ciência e Tecnologia e a
comissão especial de Inovação Tecnológica da Saúde. Pelo Congresso Nacional, a
Comissão Mista de Desburocratização.
Para o presidente da Comissão de
Seguridade Social e Família, deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), um dos
idealizadores do evento, a área de saúde no Brasil vive um desafio quando o
assunto é o emprego de novas tecnologias. “Os recursos são finitos e os avanços
tecnológicos são infinitos e cada vez mais caros. Então, o dilema está em saber
o que inserir no rol de procedimentos do SUS e da Saúde Suplementar, mas que
seja algo factível, financiável e sempre priorizando o que é mais importante”,
afirmou.
Gonçalves citou o exemplo do incentivo à
pesquisa como um ponto a ser priorizado nesse universo tão complexo das novas
tecnologias. “O Brasil tem a necessidade de criar uma cultura de transformar o
que se pesquisa em algo rentável para as empresas que, nos países mais
desenvolvidos, são quem mais fomentam as pesquisas”, explicou. Hiran mostrou o
caso dos Estados Unidos onde, segundo ele, as empresas investem muito em
pesquisa porque sabem que terão retorno com os resultados que virão em prazo
relativamente curto, mesmo sabendo que existe risco.
Depois de apresentar a palestra:
“Soluções Viáveis para os Desafios da Saúde”, o ministro da Saúde, Ricardo
Barros, afirmou que o grande desafio da saúde pública no Brasil é trazer as
novas tecnologias para o acesso do maior número possível de brasileiros. Para
que isso aconteça, ponderou ele, o país deve buscar atrair essas tecnologias,
com parcerias produtivas e encomendas tecnológicas. “Assim, poderemos fazer com
que o Brasil produza medicamentos, aprendendo a criar as mesmas tecnologias de
outros países para poder desenvolver nossas patentes e participar desse grande
mercado da inovação em saúde em todo o mundo”.
O seminário foi dividido em três painéis
de exposição. No primeiro, o tema foi “Tecnologia na gestão de saúde: maior
eficiência, menor custo, melhor cuidado”, e contou com os palestrantes: Gregory
Downing, diretor-executivo de Inovação, do Departamento de Saúde e Serviços
Humanos dos Estados Unidos, André Osmo, consultor e médico do Hospital
Sírio-Libanês e Karla Monteiro, gerente Sênior da Gemalto, multinacional líder
em segurança digital.
Em sequência, no painel II o assunto
abordado envolveu a “Tecnologia na pesqui¬sa e no diagnóstico: tecnologia
cognitiva”, e contou com Mariana Perroni, coordenadora médica da Watson/IBM,
Luiz Fernando Lima Reis, superintendente de Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês
e Daniel Sigulem, professor da Rede Universitária de Telemedicina
(Rute/Unifesp), como palestrantes.
No terceiro painel, a “Tecnologia no
tratamento dos pacientes: conformidade e continuidade” foi o tema dos
palestrantes: Karla Melo, médica endocrinologista da Sociedade Brasileira de
Diabetes, Nalini Saligram, CEO da Arogya World e Carlos Gouvêa, presidente da
Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (Abiis). O encerramento do
seminário ficou por conta do consultor sênior do Conselho Empresarial
Brasil-Estados Unidos João Barroso, e do sócio da Prospectiva Consultoria,
Lucas Correa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário