Tudo sobre o estado de Roraima e o Brasil

Publicidade

Ad



Esta semana, Boa Vista presenciou uma chuva que atingiu mais da metade do volume de água previsto para todo o mês de junho. De acordo com a Prefeitura de Boa Vista, na segunda-feira, 8, algumas ruas acumularam água, entretanto, a avaliação geral foi positiva. Os serviços de drenagem executados em determinados locais garantiram o escoamento mais rápido da chuva. Apesar de intenso, nenhuma família ficou desalojada ou desabrigada neste inverno.
"Existem fenômenos na natureza que não podemos controlar. A chuva intensa de ontem foi uma delas. Sabemos que algumas ruas ficaram alagadas, mas várias outras também responderam bem, mesmo com o grande volume de água. Não estou dizendo que a situação está uma maravilha, nosso trabalho continua, mas precisamos reconhecer também os avanços", pontuou a prefeita Teresa Surita.
A prefeita reforça que uma chuva como a que caiu sobre a capital roraimense na segunda-feira, se fosse em outras cidades brasileiras, poderia ter causado "verdadeiras catástrofes". Um exemplo é o Vale do Anhangabaú, em São Paulo, aonde uma chuva muito mais fraca resultou em água tomando casas, carros sendo arrastados e até ocorrências de mortes.
Neste ano nenhuma pessoa perdeu sua casa por conta da chuva . Diferente do que ocorreu em outros invernos, como o de 2011, por exemplo.  A época,  121 pessoas ficaram desabrigadas – aquelas que tiveram de ser recolhidas a abrigos públicos – e 371 desalojadas – que deixaram suas residências indo se abrigar em casas de parentes e amigos. 
O secretário de Gestão Ambiental, Daniel Peixoto, explicou que houve apenas três ligações de pedido de socorro da população, em que a água ameaçava invadir casas. Porém, quando as equipes chegaram ao local, ela já havia se escoado.
“Em 95% dos pontos em que os moradores se sentiram ameaçados, as águas escoaram em menos de meia hora após o término da chuva, voltando à normalidade”, disse o secretário municipal de Obras, Raimundo Maia. Ele explicou que os pontos mais críticos hoje são constituídos por áreas de invasão, muitas delas, antigas lagoas.
O escoamento mais rápido da água em algumas avenidas e ruas da capital é resultado do trabalho da Patrulha da Chuva, operação em conjunto de várias secretarias municipais para amenizar os transtornos durante o inverno. Nos locais que já receberem os serviços de drenagem, a diferença é grande.
O aposentado Edgar da Costa Araújo é morador do bairro Buritis há mais de dez anos. Ele lembrou a aflição que passou antes da drenagem ser feita na rua Almerindo dos Santos, avenida Ataíde Teive e Bandeirantes. “Minha família enfrentou várias chuvas e a maioria com muita água dentro de casa. Perdemos guarda-roupas, camas e geladeiras da última vez que choveu forte assim e não havia a drenagem. Hoje a chuva só escorre em cima do asfalto mesmo, mas sei que se não fosse esse trabalho da prefeitura, minha casa tinha alagado novamente nessa segunda-feira”, lembrou.
O secretário municipal de Segurança Urbana e Trânsito, Gerson Moreno esclareceu que a previsão para o mês de junho era que chovesse cerca de 150 milímetros de água, porém choveu o previsto para 15 dias nessa segunda-feira. “Somente nessas últimas 24 horas caiu 92,8 milímetros de chuva, conforme marcaram nossos pluviômetros espalhados em cinco partes da cidade", disse Gerson.
“Trabalho nessa avenida há mais de um ano e meio. Na última chuva, antes da drenagem ser feita neste ponto, a FarmaTudo alagava sempre. Mas esse cenário mudou, a água escorre rápido, observei também que toda a avenida Ataíde Teive não alaga mais. Antes a água passava o dia inteiro empossada na rua e hoje está assim, o asfalto sequinho”, disse Liliane Lima, funcionária da loja FarmaTudo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário