Com base no quadro preocupante em que se encontra a
saúde pública em Roraima hoje, o governador Chico Rodrigues decretou na manhã
deste sábado, 24, “Situação Especial de Emergência na Rede Pública Estadual de
Saúde”. O decreto de Nº 17.078-E de 23 de maio de 2014 foi anunciado em uma
entrevista coletiva realizada na Sala de Reuniões do Palácio Senador Hélio
Campos às 14 horas de hoje. Também esteve presente na entrevista, o secretário
adjunto Alysson Lins. Os trabalhos que envolvem este decreto, conforme
explicado pelo governador, deverão ser executados em um prazo total de 180 dias
e para isso, foram instituídos: o Gabinete de Monitoramento da
Situação Especial de Emergência (GMSEE) e o Grupo de Trabalho Multissetorial
(GTM), que ficarão responsáveis pela elaboração de um plano que recupere e
garanta a saúde pública no estado, de acordo com o prazo estipulado. O Decreto
estabelece ainda, que nos próximos 15 dias, o GTM, elabore o “plano base” para
a execução das ações previstas em prol da melhoria no serviço público de saúde.
A decisão tomada pelo Governo do Estado considerou um levantamento
realizado pela Comissão de Orçamento, Finanças e Administração – COFA, onde foi
identificado que elevados débitos existentes junto aos fornecedores que atendem
a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), inviabilizam o abastecimento regular
das unidades hospitalares. A superlotação das unidades de saúde da rede
estadual em função do déficit de leitos, pois há mais de 20 anos não são
acrescidos novos leitos no Hospital Geral de Roraima (HGR), único Hospital de
referência no Estado de Roraima. Igual foi considerado, para que a decisão de
Situação Especial de emergência fosse tomada, a deficiência no abastecimento de
medicamentos, bem como material médico-hospitalar e insumos diversos, que
podem levar ao agravamento de quadros clínicos de usuários que recebem a
assistência por meio da saúde pública de Roraima. O governador Chico Rodrigues,
reafirmou que, com a instalação do estado de emergência, a população poderá ser
beneficiada com melhores condições de atendimento e mais suporte quanto à
distribuição de medicamentos, mais leitos disponíveis, assim como demais
necessidades dos pacientes que necessitem de assistência da saúde pública.
“Estas melhorias poderão ser comprovadas, já em um prazo de 30 dias, no
entanto, antes da captação de recursos, o Estado deverá partir para as medidas
de contenções de gastos e fiscalizar a aplicação da verba pública”, destacou
Chico Rodrigues, reiterando que a medida é necessária para que saúde seja
equilibrada e a população beneficiada.
Fonte: Secom Palácio Senador Hélio Campos
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