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A Justiça Venezuelana decidiu deportar para Roraima, Edson Silva de Melo, 25, autor da morte do taxista Humberto de Almeida Marinho, 49, e preso naquele país por porte ilegal de armas, logo após se envolver em um acidente. Ele foi entregue à Polícia Federal e depois recambiado a Boa Vista por uma equipe da Polícia Civil e já está na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
Durante toda a manhã de quinta-feira, 22, o secretário de Segurança Pública, coronel Amadeu Soares, esteve em Santa Elena de Uairén, na Venezuela, acompanhado da diretora do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa, (DHPP) da Polícia Civil, Eliane Gonçalves e do diretor de Comércio Exterior da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento, Eduardo Oestreicher.
A comitiva de Roraima esteve reunida com os vices-cônsul do Brasil em Santa Elena, Cláudio Bezerra e Ubiraci Reis Bastos e, ainda o advogado do Consulado Rafael Acevedo, quando foi tratado sobre a deportação de Edson de Melo e a devolução do veículo Prisma branco, pertencente ao taxista Humberto de Almeida Marinho que foi apreendido em Santa Elena de Uairén.
Posteriormente, a comitiva esteve com a chefe do Ministério Público de Santa Elena, Maria Gabriela, quando trataram sobre a devolução do veículo. Foi acertado  que a Secretaria de Segurança Pública de Roraima vai apresentar uma exposição de motivos formalizando o pedido, tendo em vista a questão humanitária, uma vez que o veículo táxi é a única fonte de renda dos familiares do taxista morto. Ficou previamente acertado que até quinta-feira, da próxima semana o veículo seja devolvido à Polícia Civil de Roraima.
Para o secretário de Segurança, Amadeu Soares, a audiência com as autoridades em Santa Elena foi extremamente positiva, pois desta forma, a Polícia Civil de Roraima poderá esclarecer totalmente a morte do taxista Humberto Marinho.


Assassino confesso aplicou uma “mata leão” em taxista e depois o matou a coronhadas


O delegado titular da Delegacia Geral de Homicídio (DGH) Juraci Rocha e que investiga a morte do taxista Humberto Marinho, representou pela prisão preventiva de Edson de Melo, que foi decretada pela Justiça na manhã de ontem, 23. Em interrogatório, já em Pacaraima, o homem, que disse ser faixa azul de jiu-jítsu, confessou o crime e disse que inicialmente deu um “sossega leão” no taxista e depois o matou com golpes da coronha do revólver calibre 32.
 Segundo ele, inicialmente Edson de Melo quis atribuir a autoria do crime a uma segunda pessoa, mas como a equipe da DGH tinha todas as informações a respeito da participação dele no crime, o homem voltou atrás e confessou em detalhes como matou o taxista.
O acusado disse que no sábado, 17, dois dias antes da morte do taxista havia roubado uma motocicleta Bross no bairro Cambará e levado o veículo até um terreno baldio no bairro Francisco Caetano Filho, popular “Beiral”, onde o escondeu, para depois levá-lo à Guiana Inglesa e trocar por droga.
No domingo, por volta das 20 horas, ele disse que estava no albergue, quando foi procurado pelo proprietário da motocicleta roubada e um policial e conduzido até a Central de Flagrante I, no 5º DP. Na unidade policial ele disse que teria assumido a autoria do roubo e se comprometido em entregar o veículo. Essa informação repassada por ele será investigada ainda por uma equipe da Polícia Civil.
Na segunda-feira, 19, pela manhã, Edson de Melo disse que foi ao local em que havia escondido a motocicleta e não a encontrou mais e que se “desesperou”, pois teria que pagar por mais um crime de roubo e, assim, voltar para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, pois estava em regime aberto.
“Diante disso, ele contou que saiu do Beiral pela manhã e retornou mais tarde em um táxi para comprar drogas. Inclusive temos a filmagem deste momento em que ele pega esse táxi. Como foi deixado no local, ele saiu depois do Beiral, sob o efeito de entorpecentes e foi até um ponto de táxi que faz linha para Santa Elena. Ele pediu a um taxista que o levasse até a fronteira e lá ele o pagaria. Porém esse taxista não aceitou fazer a corrida”, conta o delegado.
Edson de Melo disse ainda que por volta de meio-dia passava em frente a uma residência, no bairro Jóquei Clube, quando avistou um táxi estacionado. Ele contou que parou, conversou com o taxista, no caso já a vítima Humberto Marinho e perguntou quanto ele cobrava para levá-lo até a fazenda Bamerindus.
“O taxista disse que não poderia fazer a corrida naquele momento, somente após as 13 horas, pois teria que levar as filhas na escola. O acusado disse que não conhecia a vítima, que lhe deu um cartão e pediu que lhe ligasse depois. O taxista levou as filhas para escola e ao retornar recebeu uma ligação do infrator e foi ao encontro dele, no bairro Asa Branca, de onde seguiram com destino a fazenda Bamerindus”, disse o delegado.
Ainda no interrogatório, o acusado disse ao delegado, que ao pegar o táxi de Humberto Marinho já estava com a intenção de matá-lo e pensava, já dentro do veículo, de que forma o faria. 

Fonte: Ascom Sesp.

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